HackTown 2019: o que aprendemos no maior evento de inovação do Brasil
Estivemos no maior evento de inovação do país, o HackTown. A edição deste ano ocorreu nos dias 5, 6, 7 e 8 de setembro.
Muitos comparam o HackTown com o SXSW, dos Estados Unidos. O SXSW acontece em Austin, no Texas, e reúne música, inovação e tecnologia.
De forma similar, temos o HackTown, que acontece no interior de Minas Gerais, em uma cidadezinha com cerca de 37 mil habitantes. Foi em Santa Rita do Sapucaí que vários palestrantes se reuniram para conversar sobre temas como criatividade, inteligência emocional, tecnologia e, além disso, conferir apresentações musicais.
Todos esses tópicos surgem em bate-papos e palestras com pessoas que desejam compartilhar e adquirir conhecimento.
Nosso objetivo ao participar do HackTown 2019 foi entender o futuro dos negócios para orientar estratégias de marketing cada vez mais relevantes ao mercado – que está em transformação constante em todas as áreas que atuamos com marketing digital.
Separamos alguns conhecimentos e conteúdos vivenciados no HackTown. Continue a leitura e confira!
OS PRINCIPAIS TEMAS DA INOVAÇÃO
O HackTown, inicialmente, foi criado com o intuito de levar música e tecnologia aos participantes do evento. Contudo, as edições foram sendo aprimoradas e outros temas surgiram, aumentando a diversidade de assuntos discutidos.
A inovação foi um dos pilares da edição de 2019, com ampla discussão sobre o resgate dos valores humanos, criatividade colaborativa e liderança feminina em negócios.
Veja alguns pontos abordados durante o evento:
Influência da liderança feminina nas organizações
A abordagem sobre a liderança feminina no espaço corporativo é uma discussão constante em eventos relacionados ao mundo dos negócios.
Em uma conversa comandada por Izabella Neves, especialista em inovação, na Bolsa de Valores do Brasil, foi discutido como alcançar a leveza mesmo em ambientes complexos, demonstrando a importância da diversidade e da figura feminina como aspectos relevantes.
Dessa forma, é fundamental o papel do colaborador em reconhecer a si mesmo para entender como lidar com locais que tenham um grau maior de complexidade, sendo que a liderança feminina ajuda a diagnosticar métodos para superar os desafios do dia a dia.
Também foi incentivado a abrirmos, cada vez mais, espaço para o compartilhamento de ideias e optar pela comunicação não violenta para construir um ambiente colaborativo e mais leve.
Entender que há múltiplos jeitos de pensar, encarar o mercado e tudo relacionado a ele como plural, o que nos permite colaborar de forma efetiva para criar um ambiente corporativo melhor. |
Além disso, Izabella Neves abordou sobre a nossa (mulheres, no caso) capacidade de ouvir e observar o entorno. Ou seja, é uma habilidade bastante útil, porque a partir dela promovemos discussões mais pertinentes e desenvolvemos a capacidade de compreender a linguagem não verbal.
Então, as habilidades inerentes ao comportamento feminino têm muito a ensinar sobre como é possível ter leveza nas organizações, mesmo que a rotina seja cercada de obstáculos e problemas.
Tecnologia e Indústria 4.0
Em um cenário onde humanos e tecnologias trabalham em conjunto, o objetivo principal é melhorar os processos produtivos de uma organização e oferecer o melhor suporte possível ao público interno e externo.
Em uma palestra sobre Indústria 4.0 foi abordado como as tecnologias já conhecidas por profissionais, como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas prometem ser adaptáveis aos próximos modelos de negócio.
A força de trabalho humana também tem destaque, pois é por meio da capacidade estratégica das pessoas que é possível encontrar meios inteligentes de produção.
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Futuro dos negócios e da economia no Brasil e no mundo
Ligia Zotini, pesquisadora e pensadora de futuro que possui carreira de 15 anos na Indústria de Tecnologia, abordou em sobre o conhecimento de si mesmo e os parâmetros pertencentes aos modelos de hard economy, conhecida como a “economia tradicional” e soft economy, a “nova economia”.
Durante a roda de conversa, ela demonstrou como empresas, como a Uber, desenvolveram características de uma economia leve, atendendo às necessidades de bilhões de pessoas, sem cobrar um custo alto pelo serviço ofertado.
A pesquisadora também destacou como a economia colaborativa está presente no nosso dia a dia e sobre a importância desse modelo para o futuro.
Além disso, fala-se sobre o termo “desempregáveis”, que está associado ao estado em que muitos profissionais se encontrarão após o uso de tecnologias nas empresas.
Essa gama de recursos tecnológicos causa medo em grande parte das pessoas, pois acreditam que as máquinas substituirão os humanos.
Por outro lado, ela explicou que as novas formas de negócio utilizam a tecnologia para executar tarefas mecânicas e operacionais, antes realizadas por colaboradores.
Em contrapartida, isso gera uma abertura maior para que os profissionais desenvolvam capacidades humanas, como criatividade, empatia e inteligência emocional para lidar com situações adversas.
Outro aspecto colocado em pauta foi sobre a inserção de dados na internet, que são usados a favor das empresas e propagandas eleitorais, por exemplo, por meio de testes e perguntas.
Ligia destacou ainda que é essencial conhecermos a nós mesmos e evitarmos a indecisão e a conformidade para entender o plural. Ou seja, as variantes externas e formas de pensar distintas daquelas que estamos habituados.
E até mesmo evitar o impacto da persuasão imposto pelos algoritmos utilizados pelas redes sociais, que estão cada vez mais preditivos sobre o comportamento humano.
Resgate dos valores humanos para estimular a criatividade e colaboração
Criatividade e cultura colaborativa foram temas marcantes no HackTown. Steve ePonto, estrategista criativo do Facebook, foi quem desenvolveu o conteúdo da palestra “Como o seu eu criativo pode aprender com o seu “eu invejoso”?”.
Na conversa, ele explorou não só as técnicas que foram usadas ao longo de sua carreira, mas também trouxe referências de outros profissionais.
Falou sobre se inspirar em ídolos ou pessoas que você considera como um modelo a ser seguido, em áreas variadas, como carreira, habilidades de comunicação, competências técnicas e por aí vai.
Segundo o palestrante, ter inspirações é essencial para remodelar sua maneira de pensar e enxergar ângulos diferentes do usual, o que implica em novos insights e mais criatividade em tudo aquilo que você faz.
Lançamento do 5G no Brasil
A Casa Tim 5G foi um dos grandes destaques do evento e atraiu vários visitantes interessados em conhecer de perto como funcionará essa tecnologia de dados no Brasil.
Diante do impacto que o meio digital causa e ainda causará em nossas vidas, o lançamento do 5G promete acelerar atividades e, principalmente, despertar um novo olhar sobre a capacidade de conexão, em diferentes áreas da sociedade, como saúde, educação e entretenimento.
No evento, o público pode conferir como o futuro da transmissão de dados será capaz de influenciar diversos aspectos do nosso dia a dia.
Afinal, o que aprendemos com tudo isso?
O HackTown 2019 promoveu reflexões sobre o conhecimento de nós mesmos e o quanto isso influencia em nosso desempenho tanto no ambiente de trabalho quanto em relacionamentos pessoais.
O entendimento humano e a empatia já despertam novos modelos de negócio voltados para a colaboração e às necessidades pessoais.
Além disso, o consumo constante de informações e a inserção da tecnologia gerou instabilidade no mercado e, consequentemente, a forma de se relacionar com os clientes mudou.
O novo cenário envolve buscar soluções que melhorem a vida das pessoas, de algum modo, e atinja às expectativas do público.
Essas expectativas estão, geralmente, ligadas ao fato de as empresas oferecerem agilidade, comunicação em tempo real e bem-estar aos seus consumidores.
Resumidamente, o evento explorou a busca pelo autoconhecimento em meio a tantas informações e novidades tecnológicas. Esse é um fator indispensável para que você seja bem-sucedido em todas as fases da vida.